Alessandro Scarlatti foi um compositor do barroco italiano. Foi um dos precursores da ópera italiana e é considerado o pai da escola napolitana de ópera, obtendo grande sucesso com obras como A Rosaura, Telémaco e Griselda. Além das óperas, Alessandro Scarlatti também ficou famosos por suas cantatas de câmara. Foi pai de dois outros compositores: Domenico Scarlatti e Pietro Filippo Scarlatti.
Embora as suas óperas fossem dotadas de um alto nível musical e tivessem influenciado compositores de outros países, não tinham maior interesse do ponto de vista da ação dramática; continham aberturas, chamadas sinfonias, que geralmente consistiam em três movimentos: um rápido, um lento e outro rápido. Essa forma tornou-se de grande importância na criação posterior da sinfonia clássica para orquestra.
Alessandro Scarlatti foi um compositor de extraordinário talento criativo. A sua obra compreende nada menos que 115 óperas, 150 oratórios e mais de 500 cantatas, além de composições instrumentais. Quando jovem, viveu em Roma como músico da corte da rainha Cristina da Suécia. Residiu em Veneza e em Urbino e mais tarde mudou-se para Nápoles.
A música de Scarlatti forma um importante elo entre a música vocal do início do Barroco italiano do século XVII, centrada em Florença, Veneza e Roma, e a escola clássica do século XVIII, que culmina em Haydn e Mozart.
Scarlatti nasceu na Sicília, em Trapani ou Palermo. Acredita-se que tenha sido aluno de Giacomo Carissimi em Roma e há razões para se crer que ele tenha tido conexões com a parte nordeste da Itália, uma vez que seus primeiros trabalhos revelam a influência de Stradella e Legrenzi. A produção em Roma da ópera Gli Equivoci nell’amore (1679) granjeou-lhe a proteção da Rainha Cristina da Suécia que, na época, vivia em Roma, e ele se tornou seu maestro di cappella. Em fevereiro de 1684, ele se passou a maestro di cappella do vice-rei de Nápoles, graças à influência de sua irmã, uma cantora de ópera que era amante de um nobre napolitano importante. Nessa posição ele produziu uma série de óperas, memoráveis, principalmente por sua fluência e expressividade, bem como outro tipo de música para solenidades estatais.
Em 1702, Scarlatti deixou Nápoles e não retornou até que o domínio espanhol fosse substituído pelo austríaco. Durante esse período, ele usufruiu dos patrocínios de Ferdinando de' Medici, para cujo teatro particular, próximo à Florença, ele compôs óperas, e do Cardeal Ottoboni, que fez dele seu maestro di cappella, e intermediou para ele, em 1703, um lugar semelhante na Basilica di Santa Maria Maggiore em Roma.
Depois de visitar Veneza e Urbino, em 1707, Scarlatti retomou suas obrigações em Nápoles em 1708 e lá permaneceu até 1717. Por esta época, Nápoles pareceu ter se cansado de sua música. Os romanos, entretanto, o apreciaram ainda mais e foi no Teatro Capranica, em Roma, que ele produziu algumas de suas melhores óperas (Telêmaco, 1718; Marco Attilio Regolò, 1719; La Griselda, 1721), e alguns nobres exemplares de música sacra, incluindo uma missa para coro e orquestra, composta em honra a Santa Cecília para o Cardeal Acquaviva em 1721. Seu último trabalho em grande escala, parece ter sido a serenata inacabada composta para o casamento do príncipe de Stigliano em 1723. Scarlatti morreu em Nápoles.
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